A psiquiatria pediátrica é a área que avalia as questões emocionais, comportamentais e de raciocínio em qualquer fase da infância e adolescência.
Com o passar dos anos, os estudos evoluíram e muitas teorias sobre o desenvolvimento emocional das crianças foram criadas e, com isso, surgiu a necessidade de existir um profissional especializado apenas nessa área.
De início, não existia nenhuma análise específica sobre quais seriam os problemas e transtornos que a psiquiatria pediátrica precisaria cuidar, tampouco as manifestações desses quadros.
Hoje em dia, é muito comum que as pessoas busquem esses profissionais para tratar os seus filhos.
Porém, mesmo com a crescente procura, muitas pessoas ainda possuem dúvidas sobre como a psiquiatria pediátrica funciona.
Pensando nisso, preparamos um conteúdo completo para você tirar todas as suas dúvidas.
Como funciona o tratamento com a psiquiatria pediátrica?
De início, o profissional da psiquiatria pediátrica procura identificar o problema do seu paciente.
A partir disso, ele traça o histórico de vida dessa pessoa, abordando questões familiares, de relacionamentos afetivos, traumas e objetivos de vida.
Seu próximo passo é solicitar exames físicos para verificar se há presença de algum tipo de patologia que esteja afetando o psicológico dessa criança.
Quando todas as solicitações forem atendidas, o médico da psiquiatria pediátrica define qual o problema e inicia o tratamento adequado para o quadro apresentado.
Qual a diferença entre psiquiatria pediátrica e psicologia?
É comum que as pessoas confundam a psiquiatria com a psicologia, pois, apesar de ambas as áreas tratem da saúde mental, elas apresentam as suas diferenças.
Logo na parte de estudo surgem as discrepância entre essas especializações, isso porque para se tornar um profissional da psiquiatria pediátrica, a pessoa deve concluir o curso de medicina e fazer uma especialização de três anos na área.
Por outro lado, para se tornar psicólogo o estudante se gradua no curso de psicologia.
Outra diferença entre as profissões é que o psicólogo apresenta um leque amplo de áreas para atuar, não somente em consultórios como também em empresas, no setor do RH. O profissional da psiquiatria pediátrica, por sua vez, trabalha como um médico, de fato.
Mas afinal, o que faz um profissional da psiquiatria pediátrica?
Um profissional de psiquiatria pediátrica trata da saúde mental das crianças e adolescentes.
Como foi dito anteriormente, ele é responsável pelo diagnóstico e tratamento de doenças psiquiátricas.
Os transtornos mais frequentes são:
- Transtorno de humor: bipolaridade, depressão e pensamentos suicidas;
- Ansiedade: estresse pós-traumático, síndrome do pânico, ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), fobia social;
- Autismo;
- Esquizofrenia;
- Transtornos alimentares;
- Déficit de atenção e hiperatividade.
Para que o médico da psiquiatria pediátrica consiga fazer a recuperação e desenvolvimento dos seus pacientes.
Existem três métodos de tratamentos usados para isso:
- Psicoterápico: em que não há prescrição de remédios;
- Farmacológico: é feito com remédios psiquiátricos, como antidepressivos, ansiolíticos, antipsicóticos e estabilizadores de humor;
- Combinado: em que há a associação dos tratamentos psicoterápico e farmacológico.
No entanto, quando se trata de crianças, esses tratamentos não são tão frequentes.
Tratamentos focados na psiquiatria pediátrica
Assim como foi dito no tópico anterior, os tratamentos apresentados anteriormente são raramente usados com os menores de idade.
Isso porque as crianças necessitam de uma atenção e uma dedicação diferente por parte do profissional da psiquiatria pediátrica.
Uso dos brinquedos
As atividades lúdicas e brincadeiras são importantes para o desenvolvimento intelectual em qualquer fase da infância.
Para crianças que necessitam do acompanhamento do médico da psiquiatria pediátrica, os brinquedos tem o potencial de estimular as habilidades e minimizar episódios de agitação.
A utilização desses itens diminui a ansiedade dos pequenos e tem a capacidade de criar um ambiente mais acolhedor e descontraído em locais como hospitais e clinicas.
Intervenção com cães
As crianças conseguem estabelecer uma conexão singular com animais e isso pode beneficiar consideravelmente o tratamento da psiquiatria pediátrica.
Essa intervenção é conhecida como “intervenção assistida por cães” e apresenta resultados bastante satisfatórios, como a redução da duração do tratamento medicamentoso e de até mesmo internações.
Isso porque naturalmente, os animais que mais convivem com essas crianças são os cães e é importante que eles sejam mais tranquilos e tenham uma personalidade dócil.
Comportamentos agressivos, agitados e atitudes de isolamento das crianças acabam sendo diminuídos por esse tipo de tratamento da psiquiatria pediátrica.
Praticar esportes
Existem quadros de transtornos que são apresentados na psiquiatria pediátrica que podem gerar uma autoestima baixa e frustação, diminuindo a habilidade de execução de certas tarefas que poderiam ser básicas.
Nesse contexto, praticar esportes regularmente contribui para o desenvolvimento da saúde mental da criança.
Esse tipo de prática tem um papel essencial na psiquiatria pediátrica para a melhoria desses aspectos, uma vez que estimula tanto as capacidades corporais quanto psicológicas e sociais.
A implementação de atividades físicas permite que os pacientes interajam entre si, melhorando as relações interpessoais e a comunicação.
Além disso, quadros de depressão e agitação acontecem com uma frequência muito menor.
Outro aspecto muito importante é o aperfeiçoamento da respiração que ocorre naturalmente durante a prática de esportes.
Acompanhamento multidisciplinar
Toda a complexidade do universo infantil requer cuidados profundos e capazes de tratar as crianças em todas as necessidades que elas venham a apresentar.
A infância é a fase na qual a personalidade e autoestima são construídas, sendo fundamental um acompanhamento multidisciplinar por parte da psiquiatria pediátrica.
Clínicas e hospitais com equipes multidisciplinares conseguem atender a todas as demandas que esses pacientes possuem, pois contam com profissionais de diferentes áreas da saúde.
Dessa forma, todos os membros da equipe, como os profissionais da psiquiatria pediátrica, psicólogos, neuropsicólogos, terapeutas, enfermeiros, nutricionistas e fisioterapeutas se relacionam e discutem o melhor tratamento para aquele caso.
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