Adaptação escolar: o que nunca te contaram!

  • Conhecer o local previamente

  • Conversar

  • com as professoras

  • Retirar suas dúvidas

  • Ajustar a rotina previamente ao início das aulas

  • Aumento gradual do horário de permanência na escola

  • Despedir-se SEMPRE antes de sair

  • Repetir que a ” mamãe vai, mas volta

  • Dar espaço para que as professoras possam criar um vínculo emocional com a criança

Tudo isso é importante, mas por que muitas vezes não basta?

           Sabe aquele frio na barriga que sentimos no portão da escola, e o aperto no peito que nos consome quando eles imploram pelo nosso olhar e estendem seus braços no ar , suplicando pelo nosso colo ou agarrando nossas pernas?

        Sabe aquele dilúvio que nos invade e nos faz pensar, repensar, e novamente nos questionar se estamos fazendo a coisa certa, se eles estão prontos, se serão capazes e se não estamos sendo egoístas ao querermos retomar a nossa vidas e nosso trabalho?

      Já sentiu aquela dúvida cruel se eles estarão bem assistidos em nossa ausência e se não serão negligenciados?

      Sabem quando voltam inúmeras vezes para a sala em que aguardamos apenas para garantir que não sumimos para todo o sempre e inventam mil e uma desculpas para ficar onde estamos ou simplesmente empacam até irmos junto, aninhando-se em nosso colo aos prantos e soluços?

      Lembra-se de quando, pela correria do dia a dia, por impaciência, por medo de se machucarem, pelo cansaço extremo ou pela nossa própria necessidade de mantermos nossos bebês sendo bebês dependentes e grudados por mais tempo,  seguimos fazendo por eles aquilo que já possuem condições de fazer sozinhos?

É ISSO!!!

        Enquanto somos sequestrados pelas nossas próprias ambiguidades, a angústia da separação pode tomar conta, tornando o choro um pedido desesperado de segurança e acolhimento.

      Enquanto ficamos paralisados frente às nossas próprias inseguranças, dúvidas e medos, as breves despedidas passam a ser longas e dolorosas.

      Para crescerem, eles precisam da nossa autorização, da nossa absoluta certeza de que são, sim, capazes e da confiança de que cada dificuldade ou erro é parte essencial da aprendizagem e o caminho direto rumo a si mesmos.

     Para conseguirem suas próprias vidas e se responsabilizarem por suas próprias escolhas a tarefa começa cedo e em casa. O essencial não está no que falamos ou fazemos, mas no que sentimos e calamos.

Como está sendo a adaptação por aí?

Compartilhe e ajude outras mães neste difícil processo!

Dra. Ana Fonseca

CRM-SP 163450

 

 

https://www.doctoralia.com.br/ana-helena-isper-rodrigues-meireles-da-fonseca/pediatra/sorocaba