– Ai meu Deus! Olha como está quente está cabeça! Certeza que é febre!
E agora? Não medica!! Corre, corre para o Pronto Atendimento!
– Oh céus… Está com febre de novo. Vai ter que medir a
temperatura e dar remédio de 6/6h. Tadinho…
– Arrwww!? O que é dessa vez? Está pulando! Não tem é
nada! É frescura! Vamos embora!
– Calma, gente! É só uma febre! O pequeno está pulando, brincando! Vamos ver como ele vai ficar!
-Olha só! Que absurdo! Não sai de cima da criança. Ela faz uma febrinha e pronto! Não tem mais escola ou trabalho. Fica o dia inteiro em cima da cria! Isso é que é falta de ter o que fazer. Antigamente não tinha nada disso não! A gente ia para a escola de qualquer jeito e se reclamasse um pouco ainda apanhava na bunda!
Febre é uma das causas mais comuns de consulta em pediatria em serviços de emergência, ambulatórios ou consultórios particulares. Aproximadamente 25% de todas as consultas na emergência se devem à febre. Após história clínica e exame físico completos, na maioria dos casos, é possível identificar o foco e instituir as orientações terapêuticas adequadas. Entretanto, em aproximadamente 20% dos casos, a identificação do foco não é possível após a avaliação inicial. A grande maioria dessas crianças tem doença infecciosa aguda auto-limitada ou está em fase inicial de uma doença infecciosa benigna. Poucas têm bacteremia, ou doença infecciosa grave ou potencialmente grave.
Em caso de febre como único sinal:
QUEM AMA CUIDA E PROTEGE. VACINAÇÃO SEMPRE EM DIA!
- Se eu pequeno/a tiver até 3 meses, e especialmente se tiver 30 dias ou menos, a febre é um sinal de alarme e a procura pelo pediatra deve ser IMEDIATA! Crianças pequenas possuem um sistema imunológico imaturo e as alterações no seu estado ocorrem rapidamente. Cuidado apenas para não agasalha -lo demais! Quando estão com calor podem fazer hipertermia ao invés de suar (também por imaturidade).
- Caso ele tinha entre 3 meses e 3 anos, seu estado vacinal será de extrema importância! Crianças com VACINAÇÃO COMPLETA para a idade possuem menor risco de doença infecciosa grave! T < 39C também é um fator levado em consideração. Ainda assim, deverá ser avaliado pelo pediatra
INDEPENDENTEMENTE DA IDADE, se durante período afebril (T<37.8) ele se mantiver amuado, não querendo brincar, irritado ou apenas querendo colo a avaliação deve ser feita de forma imediata.
A febre não é uma doença, mas um sintoma!
Até certo ponto, ela possui papel adaptativo positivo de defesa orgânica e não necessita de intervenção médica rápida na maioria dos casos.
O sinal principal da febre é a elevação da temperatura corporal.
A pessoa febril geralmente apresenta sensação de frio, taquicardia, sudorese, calafrios, adinamia, sonolência.
O médico pode se basear, para estabelecer uma hipótese diagnóstica, nos padrões assumidos pela febre e nos valores numéricos dela. Assim, há febres contínuas, febres intermitentes, febres altas, febres baixas, febres que variam consistentemente com o ritmo circadiano e que são mais frequentes pela manhã ou pela tarde, febres periódicas, etc. Estes padrões podem orientar o diagnóstico de quadros clínicos distintos.
Com o desaparecimento da sua condição causal, a febre também desaparece. Em um nível tolerável (geralmente abaixo de 38º C), com crianças que estão ativas e brincando nenhuma providência é requerida. Acima disso, na presença de desconforto, o uso da medicação antitérmica receitada pelo seu pediatra e o uso de banhos mornos ou resfriamento do ambiente contribuem para baixar a febre.
Em caso de dúvida, seu pediatra deverá ser consultado!
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